quinta-feira, 23 de junho de 2011


E NÃO PERCA!!!!
GERT SCHINKE FALA SOBRE O CÓDIGO FLORESTAL
no ENTREVISTÃO do DIARINHO
em
ESPECIAIS DE GERT SCHINKE
http://especiaisdegertschinke.blogspot.com/

quarta-feira, 8 de junho de 2011

Entrevista à jornalista Vera Gasparetto da Porto Gente



PG- Como foi o mandato do ex-governador Luiz Henrique em relação às questões ambientais no estado de SC?

GS- Foi um total desastre. O apelidamos de "governador motosserra", em função do perfil depredador da natureza que marcou a condução do seu governo em SC. Nas incontáveis viagens que fez ao exterior, "vendeu SC" para os grandes grupos investidores do setor do agronegócio, imobiliário, hoteleiro, portuário, siderúrgico e metal-mecânico. Foi o governo dele que articulou a vinda do Estaleiro OSX e da Fosfateira de Anitápolis para SC. Enquanto o primeiro desistiu, a segunda insiste em se instalar. Além disso, empenhou-se na revisão do Código Florestal de SC, que incorreu em inúmeras inconstitucionalidades, especialmente por legislar em área da União, e que serviu de balão de ensaio para o texto compilado pelo Aldo Rebelo, com total apoio dos ruralistas. Ainda esquartejou o Parque Estadual da Serra do Tabuleiro, impondo a ferro e fogo o tal "mosaico", que não passa de uma fórmula pra chancelar todas as ocupações ilegais que houveram ao longo de décadas, sem que o Estado tomásse qualquer atitude preventiva ou repressiva diante desses descalabros. Em suma, sem medo de errar na avaliação, o governo mais anti-ecológico que SC teve nas últimas décadas.



PG- O que significaram as mudanças no código estadual?

GS- Como já falei anteriormente, facultaram ao Estado a atribuição de legislar sobre áreas de APP, reserva legal diferenciada em relação ao Código Florestal nacional, além de outros quesitos nos quais ficou muito aquém do que havia sido reunido em sugestões ao longo das Audiências Públicas na época. Deixou de fora questões básicas e urgentes hoje em dia, como relativas ao tratamento das águas, de energia e habitação, especialmente em áreas urbanas, áreas onde essas questões deveriam ser colocadas em forma de critérios a serem respeitados no planejamento urbano e na construção civil. Tudo isso passou ao largo na forma de um texto genérico, incoerente e juridicamente vulnerável, razão pela qual estão em curso várias ACPs questionando-o. Mas o objetivo maior foi alcançado: testar a possibilidade de replicar o método e conteúdo em dimensão nacional, motivo pelo qual o novo Código Estadual foi aplaudido pelos ruralistas em todo país.

PG- Como você vê a indicação dele para a relatoria no Senado do novo Código Florestal?


GS- Com base nesses poucos episódios que lembrei acima e que resultam em um péssimo histórico na visão ecológica, espero que ele em nada melhorará o texto aprovado pela Câmara, na perspectiva de defesa na natureza. A CCJ, afinal, só analisa se há alguma insconstitucionalidade no projeto ou não, mas o simples fato de estar lá na relatoria indica que o lobby ruralista está atento a todos os movimentos no Congresso que possam significar um recuo em relação ao que avaliam como vitórias para suas posições, como a anistia aos desmatadores, afrouxamento de restrições na ocupação das áreas passíveis para uso na produção nas propriedades, e delegação aos Estados para legislar em áreas muito sensíveis e gerais que são de âmbito nacional, dentre outras questões. Tudo isso marcha claramente na contramão da história, quando precisamos urgentemente frear a rapina ecológica que hoje grassa no Brasil, vergonha para o mundo.

quinta-feira, 26 de maio de 2011

LISTA DOS MOTO-SERRA DE SC NA VOTAÇÃO DO PROJETO DO ALDONEGÓCIO



Santa Catarina (SC)
Carmen Zanotto
PPS
PvPps
Sim
Celso Maldaner
PMDB

Sim
Décio Lima
PT

Sim
Edinho Bez
PMDB

Sim
Esperidião Amin
PP

Sim
Gean Loureiro
PMDB

Sim
Jorge Boeira
PT

Sim
Jorginho Mello
PSDB

Sim
Luci Choinacki
PT

Sim
Mauro Mariani
PMDB

Sim
Onofre Santo Agostini
DEM

Sim
Pedro Uczai
PT

Não
Rogério Peninha Mendonça
PMDB

Sim
Ronaldo Benedet
PMDB

Sim
Valdir Colatto
PMDB

Sim
Zonta
PP

Sim
Total Santa Catarina: 16


quarta-feira, 25 de maio de 2011

A VERGONHA NACIONAL- NOVO CÓDIGO FLORESTAL

LEIAM:

- Nota da CNA 

-"Meu tio foi vítima do descaso", afirma sobrinha de casal extrativista

- Em entrevista, Zé Cláudio contou sobre ameaças
 e mais... 
A lista de votantes por UF


NOTA DA CNA 
Esta noite, venceu a legalidade. Assim, gratos à Democracia e ao pleno exercício do Poder Legislativo deste País, os produtores rurais brasileiros vão dormir confiantes que a lei os protege, não os persegue; que os valores ambientais serão respeitados e, principalmente, que há regras para o uso e manejo da terra, na qual geram riquezas e contribuem para o desenvolvimento nacional. 
As conquistas democráticas – e que somente podem ser consideradas conquistas democráticas quando nascem da tolerância e da renúncia de todos em benefício de uma composição que não desmoralize a ninguém – devem ser celebradas com humildade, em primeiro lugar, e com respeito por todos aqueles que, de alguma maneira e em algum sentido, apresentaram propostas, idéias, denúncias, protestos, por mais veementes, para que se construísse uma solução final satisfatória. 
Todo louvor, especialmente, à integridade moral, ao espírito público e ao senso de dever do deputado Aldo Rabelo (PCdoB-SP), que desafiou todos os preconceitos e jogou o peso da sua extraordinária, coerente e incorruptível história pessoal para construir uma das leis mais difíceis, delicadas e imprescindíveis já aprovadas pela Câmara dos Deputados. 
A agropecuária brasileira celebra os avanços realizados e, principalmente, o marco legal estabelecido. 
Brasília, 24 de maio de 2011 
SENADORA KÁTIA ABREU
Presidente

"Meu tio foi vítima do descaso", afirma sobrinha de casal extrativista
Clara Santos diz que nem o governo do Estado nem o governo federal tomaram medidas para proteger seu tio de ameaças de morte
Wilson Lima, iG Maranhão | 24/05/2011

imagem do casal - ver PDF anexo - Foto: Divulgação
José Claudio Ribeiro da Silva e Maria do Espírito Santo da Silva, mortos nesta terça
A sobrinha do líder extrativista José Cláudio Ribeiro da Silva, Clara Santos, afirmou ao iG na tarde desta terça-feira que o seu tio foi uma “vítima do descaso”.
Ela disse que o governo federal e e o governo estadual foram omissos em relação aos vários pedidos de proteção feitos por Silva após ele ter recebido diversas ameaças de morte de madeireiros da região. José Cláudio Ribeiro Silva foi executado a tiros ao lado da esposa, Maria do Espírito Santo da Silva, na noite desta segunda-feira em Nova Ipixuna, no sudeste do Pará.
Segundo Clara Santos, a família não teve notícias de que tanto o Estado quanto a União tenham enviado proteção ao seu tio. No ano passado, por exemplo, ele disse em evento que discutiu a preservação da floresta amazônica (veja vídeo abaixo) que vivia “com uma bala na cabeça”: “A mesma coisa que fizeram no Acre com Chico Mendesquerem fazer comigo”, pontuou na época.
“Meu tio foi vítima do descaso. Ele ficava muito exposto e nunca os governos se manifestaram para dar apoio a ele. É revoltante, principalmente porque ele lutava por algo que deveria ser uma bandeira de luta do governo federal e estadual e não apenas dele”, disse Clara Santos.
“Ele pediu ajuda e proteção do Estado mas não tenho informações se foi atendido. Agora, depois que ele morreu, todos querem prestar solidariedade e ajuda. É uma pena. O Brasil perdeu um grande homem e com muita coerência em mais de 24 anos de luta”, declarou.
Parte inferior do formulário
Segundo a família, entidades de proteção da floresta amazônica de todo o País já prestaram solidariedade.
Enterro
O corpo de José Cláudio Ribeiro e Maria do Espírito Santo está no Instituto Médico Legal (IML) e ainda não foi liberado. Os familiares realizarão o velório do casal na cidade de Marabá, maior cidade da região e distante 440 quilômetros de Belém. O enterro deve acontecer nesta quinta-feira em local ainda não definido.
O casal foi assassinado na noite desta segunda-feira, por volta das 20h, quando estava no Projeto de Assentamento Agroextrativista Praia Alta Piranheira, distante a 42 quilômetros da sede do município de Nova Ipixuna, no sudeste do Pará.
Ele foi morto por dois homens em uma moto vermelha. A polícia ainda não conseguiu localizar os homens. A principal suspeita de Organizações Não Governamentais (ONGs) que atuam na região é que o casal tenha sido executado por madeireiros. Segundo a família, os dois homens estavam circulando o assentamento desde manhã. “Não posso afirmar que foram madeireiros, mas temos indícios dos responsáveis por isso”, disse Clara Santos.
Em entrevista, Zé Cláudio contou sobre ameaças
O Estado de S.Paulo  25.05.11

Em entrevista à repórter da Estadão/ESPN Paulina Chamorro, em novembro do ano passado, o extrativista e líder ambiental José Cláudio Ribeiro contou como era conviver dia após dia com as ameaças de morte. Segundo Zé Cláudio, sua mulher sofria muito com a situação, mas era uma defensora da natureza ainda mais ferrenha que ele. "Quando eu paro um madeireiro, é ela quem fotografa com a máquina digital. Por isso que eles (quem os ameaçava) dizem: "Não pode matar ele e deixar ela. Não pode matar ela e deixar ele. Tem que matar os dois".

NOVO CÓDIGO FLORESTAL - VERGONHA



Veja a lista dos deputados que aprovaram o Código
Veja a lista dos deputados que aprovaram a emenda

54a. LEGISLATURA
PRIMEIRA SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA
SESSÃO EXTRAORDINÁRIA Nº 123 - 24/05/2011